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ISS para escolas particulares quando é obrigatório e como calcular corretamente

A tributação é um dos pontos que mais geram dúvidas entre os gestores de escolas particulares. Dentre os diversos impostos que podem incidir sobre instituições de ensino particulares, o ISS é um dos mais importantes — e, ao mesmo tempo, um dos mais negligenciados ou mal compreendidos.

Neste artigo, vamos esclarecer de forma detalhada quando o ISS é obrigatório para escolas privadas, como fazer o cálculo correto, quais são os riscos do não pagamento e como manter a conformidade tributária de forma eficiente.

O que é o ISS?

O ISS — Imposto Sobre Serviços — é um tributo de competência municipal, previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Lei Complementar nº 116/2003

Ele incide sobre a prestação de serviços constantes na lista anexa à referida lei.

Embora muitas pessoas associem o ISS apenas a atividades como consultorias, manutenção técnica ou estética pessoal, a educação também pode ser considerada um serviço, dependendo do modelo de atuação da instituição de ensino.

ISS: é sempre obrigatório?

A resposta curta é: depende. Nem todas as instituições de ensino privado estão automaticamente obrigadas a recolher o ISS. Para entender melhor, é necessário avaliar:

  • O tipo de atividade prestada;
  • A natureza da instituição (se é com ou sem fins lucrativos);
  • A interpretação e legislação do município em que a escola está estabelecida.

A prestação de serviços de ensino está listada entre as atividades sujeitas à incidência do ISS. No entanto, alguns municípios isentam escolas privadas desse imposto, especialmente se forem sem fins lucrativos ou reconhecidas como instituições de assistência social.

Veja a seguir uma tabela com os principais cenários:

Tabela: Obrigatoriedade do ISS para escolas

Situação da EscolaISS é obrigatório?Observações
Escola particular com fins lucrativosSimDeve recolher ISS, salvo exceções locais específicas.
Escola particular sem fins lucrativosDependePode haver isenção conforme legislação municipal.
Escola particular com contrato de franquia educacionalSimPrestação de serviço com uso de marca, sujeito à tributação.
Cursos livres (idiomas, informática etc.)SimAtividades educacionais fora da educação formal também geram ISS.
Entidade filantrópica com CEBASGeralmente nãoCom CEBAS e requisitos cumpridos, pode haver isenção.

O que diz a Lei Complementar nº 116/2003?

Segundo o item 8 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003:

“Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.”

Ou seja, a lei prevê a cobrança do ISS sobre praticamente todas as atividades educacionais. 

Entretanto, a aplicação prática desse dispositivo pode variar conforme as regras de cada município.

Como calcular o ISS para escolas

O cálculo do ISS depende de alguns fatores, como:

  • Base de cálculo: geralmente é o valor bruto recebido pela prestação do serviço;
  • Alíquota: definida pelo município, geralmente varia entre 2% e 5%;
  • Tipo de regime tributário: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.

Exemplo prático de cálculo

Imagine que sua escola teve uma receita mensal de R$ 200.000,00 e está em um município cuja alíquota de ISS é de 5%. O valor do imposto devido será:

Multiplique a receita bruta mensal (R$ 200.000,00) pela alíquota do imposto (5%).
O resultado é: R$ 200.000,00 x 5% = R$ 10.000,00.

Ou seja, a escola deverá recolher R$ 10.000,00 de ISS naquele mês.

Escolas no Simples Nacional: como funciona o ISS?

Se a escola privada for optante pelo Simples Nacional, o recolhimento do ISS ocorre de forma unificada, dentro do Documento de Arrecadação do Simples (DAS). Nesse caso:

  • O ISS é recolhido conforme a faixa de faturamento e a alíquota do Anexo III ou Anexo V;
  • A alíquota efetiva pode ser menor ou maior que a alíquota nominal de 2% a 5%;
  • O valor pago já engloba outros tributos federais (como IRPJ, CSLL, PIS e COFINS).

É essencial verificar se o município exige a retenção ou substituição tributária do ISS, o que pode impactar a apuração do tributo.

Como manter a conformidade com o ISS

Para evitar problemas com o fisco, autuações e multas, as escolas devem adotar boas práticas de compliance tributário. Veja algumas dicas:

  1. Conheça a legislação local: cada cidade pode ter regras específicas sobre isenções, alíquotas e forma de recolhimento do ISS.
  2. Mantenha uma contabilidade atualizada: uma contabilidade escolar especializada ajuda a interpretar corretamente as normas.
  3. Classifique corretamente suas atividades: nem todo serviço prestado pela escola é classificado da mesma forma para fins fiscais.
  4. Avalie possíveis isenções: as instituições filantrópicas podem ter direito a isenções, mas devem cumprir requisitos legais.
  5. Implemente um sistema de gestão fiscal: um bom sistema pode gerar as guias automaticamente, reduzir erros e facilitar a entrega das obrigações acessórias.

Consequências do não pagamento do ISS

Deixar de pagar o ISS pode gerar uma série de penalidades para as escolas, como:

  • Multas e juros moratórios;
  • Inclusão em dívida ativa municipal;
  • Impossibilidade de obter certidões negativas;
  • Complicações na renovação de alvarás e licenças;
  • Riscos jurídicos e fiscais para os gestores da instituição.

Como otimizar o pagamento do ISS?

Além da conformidade, muitas escolas privadas buscam otimizar a carga tributária de forma legal. Algumas estratégias incluem:

  • Reavaliação do regime tributário;
  • Segmentação das atividades para identificar isenções parciais;
  • Parcerias com contabilidades especializadas em instituições educacionais;
  • Revisão de contratos para evitar enquadramentos tributários inadequados.

Entenda o ISS para escolas particulares em 6 passos

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Conclusão

A compreensão adequada do ISS aplicado a escolas particulares é fundamental para a saúde financeira e legal das instituições de ensino. 

Como vimos, a obrigatoriedade do tributo varia conforme o modelo da escola e a legislação municipal, mas, em muitos casos, o imposto é sim devido.

Por isso, é essencial que os gestores escolares contem com o suporte de profissionais contábeis especializados e mantenham atenção constante às atualizações da legislação. 

Um planejamento tributário eficiente pode evitar prejuízos e garantir que a escola continue focada no que mais importa: educar com qualidade e responsabilidade.

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